4 de março de 2009

Muita leitura

A Embrapa Amapá iniciou uma pesquisa para identificar impactos ambientais decorrentes da criação de búfalos em áreas alagadas de Pracuúba, Amapá e Cutias do Araguari, municípios que concentram o rebanho bubalino do Estado do Amapá, estimado em cerca de 200 mil animais.

O pesquisador Alexandre Uhlmann explica que será feita uma avaliação das alterações na vegetação nativa e nos solos. Como o conhecimento sobre o assunto é incipiente e a mensuração dos impactos nunca foi feita nestas áreas, a pesquisa é uma importante contribuição da Embrapa para dar início ao monitoramento e prevenção em uma escala mais ampla no Amapá.

O pesquisador elaborou um plano de trabalho baseado em indicadores que apontam o incremento da bubalinocultura, desenvolvida com baixa tecnologia, com impactos localizados que preocupam devido à expansão deste modelo de atividade. Embora exista uma percepção dos danos provocados na região pela criação de búfalos sem uso de manejo, a pesquisa da Embrapa vai possibilitar embasamento científico para ações de planejamento.

Esta pesquisa faz parte de um projeto mais amplo, no qual os pesquisadores Ana Elisa Alvim Dias Montagner e Adilson Lopes Lima atuarão em pesquisas sobre a capacidade de carga dos pastos nativos sujeitos à atividade de criação de búfalos. O projeto é realizado por meio de parceria entre a Embrapa Amapá, Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR) e Instituto de Desenvolvimento Rural do Amapá (Rurap).

Mais informações:
Pesquisador Alexandre Uhlmann - alexandre@cpafap.embrapa.br /
Telefone:
(96) 4009-9508


O release completo é bem maior, com declarações aspeadas, como convém para ser enviado aos impressos e sites. Esta versão resumida é suficiente para destacar alguns aspectos na produção e distribuição do texto. Primeiro, foi preciso uma leitura minuciosa do projeto da pesquisa. Sempre acho que o pesquisador vai esquecer de falar alguma coisa interessante, que agrega valor de notícia, por isso na primeira vez que vou escrever sobre o assunto prefiro ler o documento original e só depois entrevistar para tirar dúvidas, confirmar dados, acrescentar informações. Texto redigido, só falta o pesquisador verificar se as informações estão corretas (no estilo não se mexe, jamais) e distribuir para o site da empresa, veículos locais e, neste caso específico, para determinados veículos nacionais também.

Voltando à importância de conversar (sem pressa) com o pesquisador, lembro que analogias é um ótimo recurso para se compreender expressões técnicas de uso restrito. Por exemplo, como eu iria entender seleção de forrageiras para análise da estrutura, se ele nao me explicasse que é como se eu (o boi) chegasse num restaurante de saladas (o pasto), e escolhesse os legumes (pastos) que me agradam ao paladar para medir a textura, a cor, o sabor, e outros aspectos.

Um dos retornos foi do Canal do Boi, que pode ser visto por parabólica (canal 12). Só que não bastou confirmar a hora e data da entrevista. Como trata-se de entrevista ao vivo, pela TV, enviei foto de boa qualidade do pesquisador para produção do croma com o mapa do Amapá. O passo seguinte foi orientar, em linhas gerais, o entrevistado na linguagem de TV, e ficar com os olhos grudados na TV para observar a entrevista. Deu tudo certo.

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