1 de novembro de 2009

Sugestão de Pauta - para Macapá


O jornalista Palmério Dória (foto), 60, estará em Macapá no dia 6 de novembro. Ele é o autor do livro “Honoráveis Bandidos” (Geração Editorial), que tem como subtítulo “Um retrato do Brasil na era Sarney”. A obra é ilustrada com charges dos gemêos Chico e Paulo Caruso, dois dos melhores traços do mundo.
O Sarney do subtítulo é o senador eleito pelo estado do Amapá, mas que fora daqui todo mundo pensa que é pelo Maranhão. Mas enfim, como ele é eleito pelo AP é lógico e evidente que é a pauta da hora, dentro dos mais estritos critérios jornalísticos. Ou a imprensa não se baseia no conceito de notícia?!

A editora divulga o livro como uma obra que revela a história do surgimento, enriquecimento e tomada do poder regional pela família Sarney no Maranhão. Fala também do controle que o patriarca exerce no Senado, com alianças e indicações. Palmério Dória também cita nomes e histórias (nada recomendáveis) de vários políticos envolvidos com o senador Sarney.

A Livraria Amapaense, onde o livro está à venda em Macapá, promove o evento às 19 horas da próxima sexta-feira, no restaurante da Celina, localizado à Avenida Antônio Coelho de Carvalho esquina com Hamilton Silva, ao lado do Ibama. Em São Luís, o lançamento será no dia 4 de novembro, no Sindicato dos Bancários, também com a presença do escritor.

Palmério Dória não é repórter nem apresentador de televisão, por isso não é um nome muito conhecido de quem não costuma ler jornais e revistas nacionais. Ele é paraense (da bela Santarém), mas mora em São Paulo. Foi chefe de reportagem na Rede Globo nos jornais Folha de S. Paulo e Estado de São Paulo, e revistas Sexy e Caros Amigos. Já publicou cinco livros, sendo três de política: A Guerrilha do Araguaia, Mataram o presidente e A candidata que virou picolé. Este último é uma alusão à queda de Roseana Sarney na corrida presidencial.

O Jornal Pequeno, único que divulgou o lançamento do livro em São Luís (MA), fez uma entrevista pingue-pongue com Palmério Dória. Interessante para conhecer, também, o que ele pensa sobre jornalismo impresso atualmente. Abaixo, uma das perguntas feitas pelo repórter Samuel Souza. Para ler toda a entrevista, é só clicar aqui

Para escrever o livro sobre Roseana Sarney, o senhor esteve em São Luís em 2000. Para escrever “Honoráveis Bandidos”, voltou ao Maranhão?

Dei muita sorte no Maranhão, no caso do livro da Roseana, e muito mais agora com Honoráveis Bandidos, de encontrar as pessoas certas para cumprir as pautas que estabeleci. Tanto num caso como no outro, passei alguns dias em São Luís sabendo direitinho quem eu queria encontrar. Os dois livros são do contra. Não acredito nessa história de outro lado. Inclusive porque o tal outro lado sempre foi mimoseado com as maiores gentilezas pela grande mídia brasileira. Meu sonho é fazer um semanário chamado O Parcial, que usaria como slogan uma frase de Paulo Patarra, o criador de Realidade, a melhor revista que o país já conheceu, foi introdutora do new journalism no Brasil [new journalism à brasileira, diga-se] antes do new journalism de Gay Talese chegar ao Brasil: “Não dá para ver todos os lados de uma questão”.

Um comentário:

w. Avila disse...

Parabens pela admirável coragem e obrigado pelo enorme serviço prestado ao nosso país. Desde Tiradentes os homens corajosos têm rareado.
W. Avila