15 de junho de 2009

Vale quanto pesa?

Não é de hoje que a blogueira Alcilene Cavalcante (Repiquete no Meio do Mundo) deixa claro que não consegue aproveitar alguns releases por uma questão simples: o envio do material segue anexado e, o que é pior, é considerado pesado. Deduzo que, a partir do momento em que o blog citado entra no mailling da assessoria, passa a fazer parte da leitura diária (ou quase) desta mesma assessoria. Parece óbvio, mas não parece que isso acontece, senão a recomendação já teria sido atendida. A queixa tem tudo para se alastar, agora é o jornalista Paulo Silva, titular de uma das colunas de mais credibilidade na cidade, quem também se manifesta publicamente e pede para não enviarem arquivos anexados.
Este assunto motiva uma reflexão sobre adequação de conteúdo e formato para blogs e colunistas, que necessariamente deve ser diferente (reduzido e mais focado) do que enviamos para impressos. Deixo bem claro e límpido que não estabeleço aqui um tribunal de avaliação, até porque todos estamos aprendendo a trilhar os caminhos das chamadas novas mídias e o que deve prevalecer é a discussão produtiva para a melhoria da qualidade do jornalismo (de redação e de assessoria) praticado por aqui. Se formos pensar bem, no ponto de vista da praticidade (e da segurança anti-vírus) para quem recebe, não há o que discutir, realmente é mais proveitoso enviar o release ou seja lá o que for, diretamente no corpo de texto. Se formos pensar bem de novo, será que o tamanho de um release é o que determina seu valor editorial, seu apelo de notícia, ou é tempo e trabalho perdido alongar-se em pormenores que cabem mais em outros formatos de mídias. Pensando melhor ainda, se observarmos regrinhas básicas como essas (entre tantas outras), todos acabamos ganhando: pessoal da redação, assessorias, assessorados e o distinto leitor. Quando não se aplica procedimentos simples e óbvios assim, muitas vezes é menos por falta de boas intenções e competência, e mais por falta do hábito da autoavaliação, e isso é necessário nem que seja por força de um carão em público.

p.s.: na minha terra natal, carão significa puxão de orelha.

3 comentários:

Alcilene Cavalcante disse...

Bom vc postar o assunto aqui. também fico com a impressão que alguns assessores nao acompanham o noticiário. tarefa fundamental de qualquer assessoria. Quando me refiro a arquivos pesados, são fotos em alta resolução e várias de uma só vez. Mandar o relase no corpo do e-mail é óbvio demais para ainda ter neguinho errando, fala sério. Mas tem. E a outra é nao mandar os e-mail com cópia oculta. Todo mundo tem acesso aos endereços do mailing e haja span.

DIone Amaral disse...

Falta técnica para a maioria dos assessores. Não é fácil fazer assessoria, como muitos pensam. O assessor precisa, acima de tudo, usar o bom senso. Eis alguns equivocos: colocar o texto em anexo, mandar fotos pesadas, expor os destinatários, não colocar o contato da assessoria, colocar o título em maiúscula, usar título sem verbo de ação, releases opinativos, sem declarações, sem assinaturas...enfim são vários os problemas. Mas muitas as soluções. Basta só ficar atento às dicas dadas pelos jornalistas. É fácil.

Márcia Corrêa disse...

Quanto ao formato, tem também a questão dos famigerados espaços 1,5 ou duplo. É um saco editar isso também. Além das fontes incomuns. Não tem segredo, é só digitar em Times, espaço normal e no corpo do e-mail. Sem firula.
Ah! Tem mais, caixa alta é um vício de doer.