19 de junho de 2008

A pessoa

Quando será que vale a pena realçar uma pessoa em especial, entre tantos outros que fazem parte de uma mesma organização? Creio que é legítimo realçar os feitos, a saga, a graça e a história individual (não falo das firulas, claro, porque em tese assessoria não se presta a isso) de um funcionário nas seguintes situações:
- em caso de informativo interno, quando tratar-se de uma série com perfil de cada funcionário, mas veja bem, é bom ter certeza de que a publicação vai prosperar e, portanto, todos (todos!) irão aparecer. Por respeito e correção técnica, é bom reservar o mesmo número de caracteres, até porque alguém sempre arranja um tempinho para contar, pode acreditar.
- em caso de release para imprensa, aí é bom ter o maior zelo do mundo pela observância do critério estritamente técnico. Exemplo? estamos em pleno bafafá da mídia pelos 100 anos da imigração japonesa no Brasil. Eis que na empresa onde trabalho temos um sansei (neto de imigrante japonês), um único sansei. Nenhum nissei (filho de imigrante japonês), nenhum yonsei (bisneto de imigrante japonês). Quem você acha que vai virar notícia, tanto interna quanto externamente? O colega descendente da leva de japoneses que aportam em Santos (SP) no dia 18 de junho de 1908, claro, lógico e evidente. E aí, seria ilegítimo e insensato insinuar qualquer possibilidade de preferência ou privilégio. Muito pelo contrário, é nesta hora que percebemos a pró-atividade de uma assessoria para identificar possibilidades de vincular fatos de interesse geral à vida pessoal ou profissional dos que fazem a empresa assessorada.

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