29 de abril de 2010

Percepção do óbvio

No Congresso de Comunicação da Seama:
A poster com o estudante Thiago Soeiro (estagiário de comunicação da Embrapa), palestrante Oswaldo Coimbra e colegas da comunicação em Macapá: Clay Sam (Rádio Amapá), David (AmazonSat), Maurício (Rádio Comunitária Novo Tempo), Élcio (Programa O Mundo em Debate, Rádio Cidade).





O Congresso de Comunicação da Seama começou muito bem, na noite de quinta-feira.
Um palestrante como Oswaldo Coimbra sempre deixa ótimas dicas, e o que é melhor, viáveis. Ele é jornalista, autor de livros sobre texto de reportagem e dedica-se com paixão a desvendar aparentes segredos da arte da expressão escrita e oral. Quem compareceu, e realmente prestou atenção no que foi revelado e nas entrelinhas da sua fala, tem tudo para começar a ter uma percepção diferente de Macapá e dos seus próprios objetivos como estudante de comunicação ou profissional da área.

Para começo de conversa, Oswaldo reiterou que o texto é fundamental para qualquer profissional de qualquer área. Parece óbvio, mas tem muita gente que não enxerga. Esta importância vem sendo tão valorizada que até o perfil do Engenheiro (por exemplo) consta, entre as competências, que deve possuir a habilidade de comunicar-se corretamente (!) por meio da linguagem escrita e oral.

Outro ponto interessante foi quando ele referiu-se à generalidade de que a língua portuguesa é difícil. "Como assim, se falamos toda hora, todo dia, a nossa vida inteira?". É, faz sentido, sobretudo se percebermos que faltam apenas interesse e dedicação para não cometer sacrilégios tão frequentes.

Com relação à falta de vocabulário amplo - que acarreta em textos óbvios e frases repetidas à exaustão - o palestrante sugeriu, obviamente, a leitura...inclusive de dicionários. Isso mesmo, esta fonte que muita gente tem, digamos assim, um acanhamento em consultar na frente dos outros, mas que é um manancial para enriqucer o vocabulário. "Mas somente leitura não basta, é preciso tambem um convívio social que permite ampliar o vocabulário", completou.

Oswaldo Coimbra deixou outra dica. As três habilidades fundamentais, que precisem ser urgentemente desenvolvidas para contribuir com textos atraentes, são: percepção, organização e verbalização. Por falar em percepção, a grande provocação da noite foi com relação à percepção que temos (ou deveríamos ter) da importância da Fortaleza de São José de Macapá e, por consequencia, uma melhor exploração deste ícone histórico-cultural no jornalismo cotidiano. E por falar em história, foi exibido um vídeo do projeto Fórum Landi (lindo resgate da história do arquiteto italino e da herança cultural de seu trabalho em vários prédios históricos Belém-PA). A autonomia do estudante e do profissional de comunicação para "fazer" sua profissão no Amapá também foi destacada pelo palestrante, lembrando as várias possibilidades de atuação para um comunicólogo, que transcendem o tradicional mercado de mídias tradicionais.

Um comentário:

Thiago Soeiro disse...

A noite foi ótima mesmo! A palestra foi uma aula maravilhosa.