5 de novembro de 2009

Garoto prodígio do Afuá


O jornalista Eduardo Neves (foto) ainda morava em Afuá (cidade do Marajó que oficialmente é do estado do Pará, mas na prática seus habitantes mantêm forte relação com o Amapá) e os leitores dos jornais O Liberal e Diário do Pará já conheciam seus textos. “Comecei desde cedo a atuar na comunicação. Trabalhei em rádio comunitária, publicidade e Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Afuá até 2004”. Cedo mesmo, agora que o colega fez 28 anos.

Ainda na cidade do famoso festival do camarão, Eduardo também organizava cerimonial de eventos institucionais. Como é sagaz, percebeu que precisava melhorar o embasamento teórico e foi cursar Jornalismo. Primeiro em Belém, depois transferiu-se para Macapá. Está no último semestre, preparando uma monografia sobre liberdade de imprensa no Amapá, enfocando especialmente processos “que rolam contra os jornalistas Correa Neto, Alcinéa Cavalcante e Domiciano Gomes”.

Eduardo é ávido por notícia, reportagem. E trabalhando em assessoria, não acomodou-se e aproveita as oportunidades. Na última quinta-feira, acompanhou o assessorado – Deputado Estadual Camilo Capiberibe (PSB)– em uma viagem com destino à aldeia do Kumenê (Oiapoque). “Saímos às 7h15 do aeroporto de Macapá e desembarcamos às 8h45”. A viagem foi tranquila. Munido de caneta, bloquinho e máquina fotográfica, viu de perto e registrou os problemas da aldeia, onde vivem 1142 índios.

O que você pensa sobre liberdade de imprensa?
É o jornalismo praticado como nos seus primórdios, que nasceu denunciativo, contestador, combativo por natureza. Aqui no Amapá, seria bom que os colegas pudessem exercer o seu verdadeiro papel de lutar pela liberdade dos povos.

O trabalho como assessor te levou a Oiapoque. Já conhecia a realidade do interior do estado?
Foi a segunda experiência. Em março do ano passado, participei de uma comitiva do Exército de Brasília, como repórter do Jornal A Gazeta. No grupo estava acompanhado de jornalistas da rede Record, jornais O Estadão e Correio Braziliense e da Agência Brasil. Visitamos as bases do Exército que faz fronteira do Brasil com a Guiana Francesa e Suriname.

Qual é o barato de trabalhar em assessoria?
É quando você consegue publicar ações e o trabalho do seu assessorado.

Além de releases para a imprensa e site do Deputado, que outros produtos de comunicação você desenvolve para o público do seu assessorado?
Temos o “Participe” (frente e verso) que trata de um determinado assunto de forma abrangente, no mais recente abordamos os problemas das aldeias indígenas de Oiapoque. Será distribuído durante reunião das lideranças indígenas que vai acontecer dia 6/11 na aldeia do Manga, onde eles irão discutir a manifestação e interdição da BR-156. Também estamos produzindo o informativo Pense Bem, com seis páginas.

4 comentários:

CLAY SAM - Jornalista e músico disse...

Fico muito feliz quando vejo alguem vindo do interior e consegue marcar seu lugar entre o grandes. Parabéns Eduardo, pela sua história. Eu também faço parte desse time de garotos que vieram do interior e estão por aqui.
um abraço
Clay Sam

Unknown disse...

Obrigado meu amigo Clay Sam pela deferência a minha pessoa. Quero ak aproveitar para lhe parabenizar pelo seu trabalho k vem desempenhando como músico e em especial na área do radiojornalismo na Amapá Fm, sucesso..
Eduardo Neves

Alipio Junior disse...

Bacana Eduardo, nao te conhecia até bem pouco tempo. Siga em frente!

Ernâni Motta disse...

Dulcivania, parabéns a você e ao Eduardo! Sinceramente, fico comovido quando vejo alguém que não confia apenas no seu talento, e busca conhecimento teórico nas escolas. Pois, é lá que se aprende a discutir, a fomentar opiniões, a estabelecer o que é formação e o que é informação.
Um abraço.