18 de agosto de 2008

Alô, rádio!




Acima, o radialista Ranolfo Gato, no seu habitat


Para marcar uma entrevista em rádio, via telefone ou e-mail, não precisa necessariamente ser jornalista ou entender de notícia, lead etc. Mas para propor pauta com tema de real interesse público e sugerir abordagens ao produtor e ao apresntador do programa (do ponto de vista jornalístico), é preciso sim ter feeling jornalístico ou no mínimo conhecer a linha do programa, o estilo do apresentador, o tempo que se dispõe para a entrevista, se o programa é ao vivo ou gravado, qual o alcance da rádio, perfil da audiência. E para isso não basta ser "assessor telefonista", aquele que agenda dia e hora e deixa entrevistado e entrevistador jogados ao vento. Não precisa ser expert em rádio, não é imprescindível dominar locução (talento para tal não é para muitos,nem para quem quer), mas acho fundamental o assessor inteirar-se de como funciona o rádio, quis são as características da linguagem deste veículo que pode ser tão contagiante quando deprimente (dependendo da performance de quem se aventura falar ao microfone), o formato dos programas jornalísticos e as oportunidades que podem ser exploradas para pautar o assessorado.

Essa inspiração toda veio num ambiente propício: a Rádio Difusora de Macapá, patrimônio cultural do povo do Amapá. A emissora é estatal (gerenciada pelo Governo Estado do Amapá) e logicamente toda a programação tem afinidade total com o direcionamento e diretrizes do grupo político que estiver ocupando o Governo, seja qual for o partido. Ninguém é inocente para pensar que não é assim, o que não se deve é escamotear esta característica do veículo e sim assumir esta sua condição de rádio estatal (diferente de canal público, depois falamos sobre isso), com todas as possibilidades de bom jornalismo que ela também pode e deve possuir. Na Rádio Difusora, nosso assessorado teve a oportunidade (legítima) de expor aos ouvintes da emissora os benefícios, vantagens e desafios de implementação de uma determinada tecnologia da empresa que faz pesquisa agropecuária no Amapá.

Fomos recebidos no programa "Argumentos" pelo radialista Ranolfo Gato (típico radialista, por sinal, daqueles eloqüente, prático, vozeirão, raciocínio rápido e por dentro das questões políticas e sociais do Estado) que conduziu naquele dia (14/8) um pouco menos do que os 30 minutos previstos, devido a três interrupções causadas por problemas nos transmissores.

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